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As arquitetas Lígia Rocha e Marcia Grosbaum

 

Agora a JWCA é JWurbana

Após 62 anos de atividades a JWCA entra em nova fase. É com muito respeito e orgulho que, a partir de 2015, as arquitetas Marcia Grosbaum e  Lígia Rocha assumem seu comando, após mais de uma década de convívio harmonioso, produtivo e intenso aprendizado com o mestre arquiteto Jorge Wilheim. A JWurbana reafirma a missão e o compromisso deixado por ele de responder aos desafios de um tempo de incertezas e oportunidades, tendo como objetivo a construção de cidades mais humanas, justas e criativas. 

Fundado em 1953, o escritório Jorge Wilheim Consultores Associados esteve à frente de grandes obras que renovaram a visão da ação sobre as cidades no Brasil, como a reurbanização do Vale do Anhangabaú de 1981, em parceria com a arquiteta paisagista Rosa Kliass, a renovação do Pátio do Colégio, a construção do Parque Anhembi e o Plano Diretor de Curitiba.

Em mais de 60 anos de exercício ininterrupto, a JWCA atrai clientes de diversas categorias, públicos e privados, no Brasil e no exterior, em busca de uma abordagem urbanística inovadora, a fim de responder aos desafios de décadas de transformações. O lastro de inúmeros projetos arquitetônicos, urbanísticos e estratégicos permitiu à JWCA abordar soluções inovadoras com a segurança da experiência.

O escritório teve início após o sucesso da primeira grande incursão de seu fundador, então recém-formado arquiteto Jorge Wilheim, na elaboração do projeto hospitalar da Santa Casa de Jaú (1952). O primeiro desafio urbanístico veio em 1954: uma cidade nova, no meio de uma floresta entre Campo Grande e Dourados, no Estado de Mato Grosso, com o objetivo de desenvolver a região. Assim nasceu Angélica, modelo em planejamento urbano.

Ao lado de uma equipe multidisciplinar que desde o início contou com grandes profissionais, cerca de 100 colaboradores nas últimas seis décadas, a JWCA desenvolveu um modo próprio de ler as cidades, de lançar hipóteses de mudanças e antever caminhos de superação. Disso resultou a elaboração de mais de vinte planos diretores destacando-se os de Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Natal, Joinville, Paulínia, Campinas, São José dos Campos, Osasco, Guarulhos e Araxá.

O desafio em Curitiba consistia em detectar as características e os problemas de uma cidade em fase de crescimento e escolher as diretrizes que pudessem orientar seu desenvolvimento. A proposta era inovadora e previa um planejamento contínuo e sustentável, rompendo com esquemas urbanísticos formais. O plano também previa a ampliação das áreas para pedestres na cidade, preservando e ampliando os usos do centro histórico. O Plano Diretor de Curitiba tornou-se um marco do planejamento no Brasil com o estímulo ao adensamento populacional associado ao transporte público eficiente.

A JWCA também se destacou em consultorias inovadoras, como o estudo de expansão urbana para a Shell (1964) que, além de indicar vetores de crescimento urbano, acrescentou diferenciais competitivos para a época, como a instalação de pequenas lojas de conveniência. Outra consultoria pioneira, desta vez na abordagem da questão ambiental, na década de 1980, realizou aquele que provavelmente foi o primeiro estudo de impacto ambiental no País, para a Alcoa, na cidade de São Luiz do Maranhão.

Em 1969, o complexo do Parque Anhembi, uma das obras públicas mais conhecidas da JWCA e também um de seus projetos mais ambiciosos, foi considerado pioneiro até para os padrões internacionais da época. Os 70 mil metros quadrados da estrutura metálica de cobertura do Pavilhão de Exposições foram manualmente erguidos em apenas 8h, numa operação que exigiu pesquisa internacional e tecnologia de ponta para calcular a estrutura espacial.. 

Para o projeto de reurbanização do Pátio do Colégio, a JWCA compreendeu a importância da diferença de altitude entre a colina e a várzea que havia levado os jesuítas a optarem pela fundação de São Paulo precisamente naquele sítio. O redesenho implicaria a reconstituição dos taludes e a preservação do Pátio sob a colina, com mínimas e respeitosas intervenções.

Em 1981, um milhão de pedestres atravessavam o Viaduto do Chá, enquanto o Vale do Anhangabaú permanecia ocupado por um caudaloso rio de automóveis. A prefeitura de São Paulo realizou um concurso público que, entre 93 projetos apresentados, selecionou a JWCA com um projeto simples que identificava a necessidade de reconquistar o vasto espaço central para os pedestres. A solução recorreu ao afundamento do trânsito de automóveis permitindo a criação de um parque de 8 hectares, apto a receber atividades diárias e eventos de grande porte, tornando-se referência nacional.

A JWCA também realizou projetos de arquitetura marcantes, entre residências, edifícios comerciais, públicos e industriais; escolas e hospitais, como por exemplo, as sedes do Clube Hebraica e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e o centro de diagnósticos do Hospital Albert Einstein. Hoje a empresa concentra sua atuação em projetos arquitetônicos de interesse social, no âmbito de projetos de urbanização de assentamentos precários.

Os trabalhos mais recentes incluem a liderança em consórcios internacionais como os Estudos Urbanísticos para as estações do TAV - Trem de Alta Velocidade; a coordenação geral da elaboração da Operação Urbana Rio Verde-Jacu em São Paulo; o apoio à revisão participativa da Lei de Uso e Ocupação do Solo do Município de São Paulo; além de inovadores projetos de desenvolvimento urbano para clientes privados.